Pular para o conteúdo principal

Entendendo uma aplicação para Android

No post passado, o objetivo era apresentar aos que não conheciam, ou esclarecer melhor aos que sabiam pouco, a respeito da plataforma do Google para smartphones (e agora também para tablets), o Android. E antes de começarmos a falar diretamente de código, temos que entender como uma aplicação é estruturada e falar do que podemos chamar de os quatro pilares de uma aplicação para o Android.

Os quatro pilares
Uma aplicação Android se baseia em quatro tipos de classes principais: Activities, services, broadcast receivers e content providers. Cada um desses tipos representa uma forma de interação que sua aplicação irá ter com o usuário, plataforma ou com outras aplicações. Elas podem coexistir em uma única aplicação ou também podem existir separadamente. Mas, vamos entender isso melhor discutindo cada tipo.

Activities
As classes responsáveis pela interação visual da aplicação com o usuário são as que extendem de Activity. Essas classes irão apresentar menus, listas, formulários ou qualquer outra interação que você deseje fazer através das "telas" da sua aplicação. Uma classe Activity é composta por um ou vários objetos do tipo View, que pode ser um texto, uma imagem, um botão ou qualquer outro elemento de interação com o usuário.
Sua aplicação poderá ter uma ou várias activities, tudo isso depende de como você irá fazer o design de navegação. E além disso, sua aplicação pode não ter nenhuma Activity, isso pode acontecer se ela for um serviço, como veremos abaixo.

Services
Uma classe Service não tem interação visual com o usuário, mas ele tem a característica de executar em background tarefas por tempo indefinido. Como por exemplo, tocar uma música ou buscar alguma atualização na Internet.
Esses serviços podem se comunicar com outros serviços, inclusive do sistema operacional, e também fazer a chamada de aplicações, postar notificações e qualquer outro tipo de operação que uma aplicação normal faria.

Broadcast Receivers
Os broadcast receivers são componentes que não "fazem nada" a não ser receber e reagir aos broadcasts que são enviados, inclusive pelo sistema, como por exemplo: mudança no fuso-horário, bateria fraca, uma foto foi tirada ou que algum valor nas configurações foi alterado. Além disso, uma aplicação também pode emitir algo através de broadcast e esperar que um destes recebedores faça o devido tratamento.

Content Providers
Através dos Content Providers é possível tornar disponível um conjunto de dados de sua aplicação através de SQLite ou outra forma que você deseje.

A arquitetura de uma aplicação Android (simplificada)
Então, caso você deseje fazer uma aplicação que possua diversas telas (o que o mais normal) você sempre usará activities para fazer essa interação. Além disso, pode também ter serviços que rodam em background e trazendo notificações ao usuário ou emitem "broadcasts" que são interceptados pelos broadcast receivers.

No próximo post, vamos fazer um primeiro exemplo, demonstrando como criar o projeto no Eclipse, criar sua primeira Activity e configurar o manifest.xml que irá fazer com que o seu aplicativo funcione de forma correta. E de quebra, vamos ver como funciona o processo de publicação de uma aplicação no Market.

Vem mais por ai!

Abraços
Neto

Comentários

tmoreira2020 disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
tmoreira2020 disse…
Dae Neto! Ótimo post, especialmente para quem está querendo ampliar os conhecimentos no mundo mobile! Ficarei na espera da continuação ou das continuações!

Um abraço

Postagens mais visitadas deste blog

10 reasons why we love JSF

1. One-slide technology: it's so simple that I can explain basic JSF with one slide. 2. Easy to extend: components, listeners, render kit, Events, Controller, etc. 3. Real-world adoption: JBoss, Exadel, Oracle, IBM, ... 4. Architecture model: you can choose between more than 100 different architecture. 5. Open-mind community: using JSF you are going to meet very interesting people. 6. We are using JSF the last 5 years and we found very good market for JSF in Brazil 7. Progress: look to JSf 1.1 to JSF 1.2, JSF 1.2 to JSF 2.0. People are working really hard! 8. Many professionals now available 9. It's a standard. It's JCP. Before complain, report and help! 10. Ed Burns, spec leader, is an old Globalcode community friend! EXTRA: My wife is specialist in JSF. She's my F1 for JSF :) Nice job JSF community! -Vinicius Senger

TDC ONLINE: SUA PLATAFORMA DE PALESTRAS GRAVADAS DO TDC DISPONÍVEL

Além do conteúdo ao vivo transmitido online nas edições do TDC, agora você pode ter acesso à centenas de palestras gravadas, através da nossa nova plataforma de vídeos - o TDC Online, que reúne todas as Trilhas premium, Stadium e Salas dos Patrocinadores das edições anteriores de 2022, TDC Innovation e TDC Connections.  Para acessar, basta clicar na edição em que você participou ( TDC Innovation ou TDC Connections ); Fazer o mesmo login (com e-mail e senha) cadastrados na hora de adquirir ou resgatar o seu ingresso no TDC; E clicar na Trilha de sua opção, e de acordo com a modalidade do seu ingresso. Logo em seguida, você será direcionado para a seguinte página com a lista de todas as palestras por Trilha: Pronto! Agora você tem acesso à centenas de palestras gravadas da sua área de interesse, para assistir como e quando quiser! Caso tenha esquecido a senha, clique na opção "Esqueci a senha" , insira o e-mail que você realizou para o cadastro no evento, e aparecerá a op...

O que é Lógica de programação?

Este é o segundo de uma série de posts voltados aos leitores do blog que estão dando início à carreira de desenvolvimento de software. O assunto de hoje é a lógica de programação. Para ler antes: Entendendo como funciona a programação de computadores: linguagens de programação, lógica, banco de dados A lógica de programação é um pré-requisito para quem quer se tornar um desenvolvedor de software, independente da linguagem de programação que se pretende utilizar. Mas o que é de fato a Lógica de Programação e como saber se eu tenho esse pré-requisito? A lógica de programação nada mais é do que a organização coerente das instruções do programa para que seu objetivo seja alcançado. Para criar essa organização, instruções simples do programa, como mudar o valor de uma variável ou desenhar uma imagem na tela do computador, são interconectadas a estruturas lógicas que guiam o fluxo da execução do programa. Isso é muito próximo ao que usamos em nosso cotidiano para realizar atividad...

TDC BUSINESS, chega a São Paulo com novas trilhas de Inteligência Artificial e Inovação

Maior conferência de profissionais de tecnologia do Brasil abordará temas em alta no momento como, por exemplo, Inteligência Artificial, Segurança, Ciência de Dados e Inovação O TDC BUSINESS, a 17° edição do The Developer's Conference na cidade de São Paulo, que acontece entre os dias 19 e 21 de Setembro, reunirá profissionais e especialistas da área para troca de experiência, compartilhamento de conteúdos e networking. Com o tema central: “Tecnologia para negócios transformadores”, o evento será totalmente híbrido, ocorrendo presencialmente no espaço Pro Magno, e com transmissão simultânea e atividades de network pela internet. A expectativa é reunir mais de 14.000 pessoas, somando a participação presencial e online.   Segundo Yara Mascarenhas, Fundadora e Host do Evento, “nosso objetivo com o TDC é inspirar a colaboração entre os profissionais e empresas para construir uma nova realidade para o mercado de TI.  Vamos juntar tecnologia e negócios com as trilhas técnicas...

Seja palestrante no TDC!

Os interessados em palestrar na maior plataforma de Inovação Aberta para desenvolvimento do ecossistema de teologia, tem até 25 de setembro para se inscrever A última edição do ano do TDC (The Developer's Conference), maior conferência para profissionais de tecnologia do Brasil, já tem data confirmada. O TDC Future, que acontece nos dias 6 a 8 de dezembro, em formato híbrido, ocorrerá presencialmente na UniRitter de Porto Alegre, e com transmissão simultânea pela plataforma Hopin. O evento traz como tema central: “O papel da tecnologia na construção do amanhã”, e reúne gestores, especialistas e profissionais da área para debater sobre o futuro da tecnologia, o impacto na vida das pessoas e seu papel na transformação da sociedade. A seleção de palestras nacionais e internacionais, ainda está com o Call4Papers aberto até 25 de setembro, os interessados em participar poderão submeter uma proposta por meio do site do evento . O tema deve estar vinculado a uma trilha específica, que é...

JavaOne Brasil, dicas para submissão de palestras

Não quero parecer pretensiosa dando dicas para submissão de palestras para o JavaOne Brasil, mas sim repassar os tantos conselhos e sugestões recebidas pelos vetaranos do JavaOne: Bruno Souza e Leonardo Galvão que revisaram dezenas de submissões para o JavaOne e ajudaram a aprovar tantas palestras, e também misturar um pouco da minha experiência na seleção de palestras nos eventos realizados pela Globalcode e SouJava . 10 anos de JavaOne: http://www.globalcode.com.br/noticias/Globalcode10AnosNoJavaOne Os palestrantes ganham a entrada! A submissão pode ser feita em português! O passo mais importante para ser aprovado como palestrante no JavaOne é sem dúvida nenhuma submeter pelo menos uma palestra. Então, independente de qualquer coisa, participe, arrisque, divulgue.  Mas, se quiser aumentar as suas chances...   1) Leve a sério: peça para amigos fazerem uma leitura crítica do texto, e claro uma boa revisão ortográfica. 2) Submissão de várias palestras ou variações do ...