- roda na JVM, o que significa que não preciso abandonar todos os frameworks, bibliotecas e módulos já desenvolvidos em Java
- suporta o paradigma de programação funcional, que é algo que eu estava interessado em aprender, porém não abandona o paradigma de orientação a objetos, permitindo uma transição mais suave e escrita de programas mistos.
Apesar disso eu estava meio relutante pois ouvi tanto elogios à linguagem, vindos de gurus Java conhecidos, quanto comentários sobre sua complexidade vindos de outros gurus. Mas resolvi dar uma chance à linguagem e formar minha própria opinião embasada em alguma experiência prática. Resultado: me apaixonei pela linguagem! É divertido programar em Scala! Todo mundo que gosta de programação deveria aprender Scala!
Mas por que tanta gente reclama que a linguagem é muito complexa? Eu acho que parte da culpa disso é dos próprios apaixonados por Scala. A linguagem é extremamente poderosa e por isso possui recursos avançados que poucos compreendem. Eu digo que é como o poder da força de Star Wars! Você tem que tomar cuidado para não cair para o lado negro! Alguns entusiastas de Scala se empolgam demais com os recursos mais avançados e fazem demos ou apresentações que se tornam incompreensíveis para os não iniciados! E isso acaba gerando a fama de complexidade do Scala! Mas se você tiver paciência para aprender a andar antes de correr pode dominar a força e virar um Jedi!
Para ajudar a desmistificar a linguagem pretendo escrever uma série de posts, focando nestes aspectos mais básicos, que todos deveriam conhecer para apreciar Scala.
Começamos preparando o ambiente para o desenvolvimento. O primeiro passo é fazer o download do Scala no site oficial e configurar algumas variáveis de ambiente, de maneira semelhante ao que fazemos para o Java, certo? Não necessariamente! Para aqueles que gostam de Maven, é possivel configurar o Scala como uma dependência de projeto. Vou abordar a integração de Maven com Scala em um outro post, então vamos fazer agora da maneira mais tradicional:
- Podemos baixar o Scala de http://www.scala-lang.org/downloads. A versão estável mais atual é a 2.9.2 lançada em Abril deste ano (2012). Basicamente precisamos ter o Java a partir da versão 5 instalado na máquina e vamos descompactar os arquivos do Scala em algum diretório desejado.
- Configuramos uma variável de ambiente SCALA_HOME para o diretório onde descompactamos os arquivos
- Adicionamos SCALA_HOME/bin na variável de ambiente PATH para poder executar as ferramentas via linha de comando
São praticamente os mesmos passos que seguimos para a instalação do Java. A partir daí já podemos começar a escrever código em Scala. Um recurso muito interessante para os iniciantes se familiarizarem com a sintaxe da linguagem e mesmo para os veteranos executarem testes de APIs é um interpretador chamado REPL. Basta digitar scala no terminal e o interpretador é iniciado.
No terminal, basta digitar instruções Scala que o interpretador vai executando linha a linha. Para sair do interpretador basta digitar :quit
Mas vai chegar um momento onde cansamos de brincar com a linguagem e decidimos fazer um desenvolvimento mais sério. Para isso queremos utilizar uma IDE, de preferência a mesma que já utilizamos para desenvolvimento Java. Para isso contamos com plugins:
Com isso temos um ambiente pronto para desenvolvimento em Scala! Nos próximos posts vou escrever sobre a integração Maven/Scala e a escrita de testes unitários para projetos Java utilizando Scala, que é um excelente começo para familiarização com a linguagem!
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