Pular para o conteúdo principal

Segurança da informação no alvo: o que esperar do futuro?

Segurança da informação

A segurança da informação não se trata apenas de proteger os dados contra acesso não autorizado. Na prática, refere-se aos recursos que impedem:

  • uso;

  • registro;

  • inspeção;

  • divulgação;

  • interrupção;

  • modificação;

  • destruição de dados.

O uso de dados pode abranger desde um perfil nas redes sociais a detalhes financeiros, biometrias ou novos projetos. Por isso, a preocupação com a proteção dos dados é crescente, tanto para empresas quanto clientes.

Para muitas pessoas, a coleta de dados é considerada invasão de privacidade, criando desconfiança do titular dos dados, pois o uso dos dados pode ser facilmente corrompido, utilizado para fins não declarados.

Apesar de o uso dos dados terem impulsionado os avanços tecnológicos na última década, as organizações lidam com o desafio de distinguir dados de informações pessoais de modo a proteger a privacidade e as preferências dos clientes.

Neste artigo, abordaremos o impacto da segurança da informação e o que esperar do futuro. Confira casos conhecidos e tendências do mercado!

Casos conhecidos pela exposição de dados

O mundo atual tem grande parte dos negócios baseados em dados, e as violações podem afetar centenas de milhões ou até bilhões de pessoas em simultâneo.

Os ciberataques fazem parte do cotidiano, afetando empresas grandes e, consequentemente, seus clientes. Um caso preocupante foi o impacto sobre cerca de 700 milhões de usuários de uma rede social focada em profissionais.

Os dados dos perfis foram publicados em um fórum da dark web em junho de 2021. Um hacker extraiu informações ao explorar a API do site, que teve suas defesas reforçadas para evitar esse tipo de situação.

Outro ataque, em abril de 2019, afetou cerca 533 milhões de usuários, cujos dados foram expostos por meio da dark web. A medida adicionou a funcionalidade de autenticação em dois fatores.

Uma das empresas mais antigas que atuam na internet também sofreu ciberataque. Em agosto de 2013, mais de três bilhões de contas foram acessadas, mas nenhum dado foi roubado.

LGPD

No Brasil, as políticas de proteção de dados contam com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), Lei n.º 13.709/2018, que exige que empresas cumpram alguns requisitos relacionados ao processamento e à guarda das informações.

Assim, os dados pessoais coletados só podem ser usados quando houver uma base legal que valide sua utilização. Caso a Lei não seja cumprida, as organizações sofrerão penalidades dependendo do nível da infração. Assim, podem ocorrer:

  • multas;

  • advertências;

  • proibição parcial ou total das atividades relacionadas ao uso de dados.

Tendências do mercado para garantir a segurança da informação

Independentemente da organização ser pequena ou grande, a segurança da informação é um aspecto crítico a ser observado. Mitigar os riscos cibernéticos se tornou prioridade de modo a proteger os clientes e manter o negócio seguro.

A segurança da informação está relacionada com garantir que os dados da sua empresa estejam protegidos contra violações internas e externas.

Assim, o planejamento deve ser construído em torno de três objetivos, comumente conhecidos como Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade (CID). Esse programa consiste em tecnologias, processos, práticas e estruturas para proteger redes, programas e bancos de dados.

Veja, a seguir, as tendências que podem ser utilizadas para garantir a segurança da informação.

Comitês de segurança cibernética

Empresas públicas de tecnologia criaram comitês dedicados à segurança cibernética em seus conselhos de administração.

Essa organização é essencial para fomentar a segurança da informação pela:

  • supervisão digital;
  • detecção de riscos;
  • avaliação dos processos.

Além disso, os comitês de segurança cibernética podem promover treinamentos internos para compartilhar boas práticas e conscientizar as equipes.

Simulação de ataque

As simulações de ataque e violação de dados, como o teste Black Box, podem desempenhar papel crítico na proteção dos principais ativos organizacionais. Com isso, é possível saber como evitar e aplicar as correções necessárias de modo a restaurar os serviços.

Ao fazer isso de forma automatizada e contínua, as simulações de violação fornecem proteção ininterrupta e permitem que os defensores adotem postura mais agressiva para manter a proteção em todos os aspectos do ambiente de segurança.

Malha de segurança cibernética

A malha de segurança cibernética é uma das principais tendências tecnológicas estratégicas do Gartner.

Como conceito, trata-se de uma abordagem moderna para arquitetura de segurança, que permite às empresas implantarem e estenderem a proteção de dados onde ela é mais necessária, permitindo:

  • controle;

  • flexibilidade;

  • escalabilidade.

Identity-first

O Gartner categorizou a Identity-first como uma das principais tendências de segurança e gerenciamento de riscos.

Esse conceito significa uma ênfase maior na verificação da identidade dos usuários, em vez de depender de combinações de usuário/senha, informações que os invasores podem roubar facilmente.

A autenticação multifator (MFA) e o logon único (SSO) foram bem-sucedidos em proteger ainda mais o processo de entrada, indo além da combinação tradicional de nome de usuário e senha.

No entanto, isso não é mais suficiente para proteger contra invasores sofisticados e qualificados, que usam credenciais e direitos legítimos com intuito de obter acesso aos recursos e dados de que precisam.

Em vez disso, as empresas devem adotar uma nova camada de controle, baseada em identidades e seu acesso contra uma defesa de ativos. Sistemas de proteção de identidade estão focados em garantir que as pessoas certas possam obter acesso ininterrupto às coisas que precisam acessar, como:

  • gerenciamento de acesso de identidade (IAM);

  • gerenciamento de acesso de privilégio (PAM);

  • administração de governança de identidade (IGA).

Como alternativa, às soluções de detecção e resposta de identidade (IDR) se concentram em proteger as credenciais, privilégios e os sistemas que os gerenciam.

Gerenciamento de interações

Nessa abordagem ocorre a integração de recursos, como OmniChannel, em que é possível fazer a gestão de interações. Para isso, são utilizadas a funções:

  • voz;

  • chat;

  • URA;

  • e-mail;

  • redes sociais.

Tudo isso pode ser complementado com soluções Text-To-Speech, reconhecimento de fala, gerenciamento de força de trabalho e análise de gravação (SpeechAnalytics).

Gostou de saber mais sobre Segurança da Informação? Acompanhe as redes sociais do TDC e fique por dentro das novidades do mercado de tecnologia: Twitter, Facebook, LinkedIn e Instagram.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

10 reasons why we love JSF

1. One-slide technology: it's so simple that I can explain basic JSF with one slide. 2. Easy to extend: components, listeners, render kit, Events, Controller, etc. 3. Real-world adoption: JBoss, Exadel, Oracle, IBM, ... 4. Architecture model: you can choose between more than 100 different architecture. 5. Open-mind community: using JSF you are going to meet very interesting people. 6. We are using JSF the last 5 years and we found very good market for JSF in Brazil 7. Progress: look to JSf 1.1 to JSF 1.2, JSF 1.2 to JSF 2.0. People are working really hard! 8. Many professionals now available 9. It's a standard. It's JCP. Before complain, report and help! 10. Ed Burns, spec leader, is an old Globalcode community friend! EXTRA: My wife is specialist in JSF. She's my F1 for JSF :) Nice job JSF community! -Vinicius Senger

O que é Lógica de programação?

Este é o segundo de uma série de posts voltados aos leitores do blog que estão dando início à carreira de desenvolvimento de software. O assunto de hoje é a lógica de programação. Para ler antes: Entendendo como funciona a programação de computadores: linguagens de programação, lógica, banco de dados A lógica de programação é um pré-requisito para quem quer se tornar um desenvolvedor de software, independente da linguagem de programação que se pretende utilizar. Mas o que é de fato a Lógica de Programação e como saber se eu tenho esse pré-requisito? A lógica de programação nada mais é do que a organização coerente das instruções do programa para que seu objetivo seja alcançado. Para criar essa organização, instruções simples do programa, como mudar o valor de uma variável ou desenhar uma imagem na tela do computador, são interconectadas a estruturas lógicas que guiam o fluxo da execução do programa. Isso é muito próximo ao que usamos em nosso cotidiano para realizar atividad...

Alguma certificação Java nos seus planos em 2010 ?

A discussão sobre certificações é super polêmica, alguns acham muito importante, outros acham totalmente insignificante. Eu particularmente acho que é uma meta de aprendizado, que nos força a aprender bem detalhadamente uma tecnologia. É claro que é "burlável" quero dizer, todo mundo conhece alguém que é certificado e "não sabe nada". Mas, evidentemente quando você se prepara, estuda, vai aprender muitas coisas novas e solidificar ainda mais seu conhecimento. Eu sempre fui muito "orientada" por deadlines... estas metas nos obrigam a encaixar algumas horas de estudo nesta vida tão corrida. E o inicio do ano é muito bom para estas iniciativas, porque estamos um pouco mais descansados, com aquele espírito de inicio de ano. Imagine chegar em março e já ter cumprido uma das metas de final de ano, e estar com a certificação "tirada" ? Não acho que precisa ser um caçador de certificações, e tentar tirar todas as certificações possíveis, mas acho ...

JSF 2 - Composite Components, você não precisa mais ser um ninja

Estamos em uma nova era da computação, os dados não estão mais localizados em um banco dentro de sua empresa, vivemos a explosão de redes sociais, informações são geradas a todo instante, e se torna essencial que sua aplicação conheça os serviços disponíveis na web e consumam suas APIs geralmente disponíveis por serviços REST. Legal, mas como ficam meus aplicativos Java EE neste novo cenário? Para quem vem acompanhando a evolução da plataforma, é notório que todo esforço vem sendo utilizado para aumentar a produtividade e a integração com novos serviços. Basicamente duas especificações surgem com muita força para atender este cenário, a JSR - 314 (JSF-2) e JSR - 311 (JAX-RS), neste post exploraremos a JSR-314 (JSF2) e sua nova forma de criar Composite Components. Uma das grandes queixas dos desenvolvedores JSF era a complexidade em criar composite components, era necessário um vasto conhecimento sobre o ciclo de vida de uma aplicação JSF. Agora, você não precisa ser mais um “ninja” em ...

JavaMail: Enviando mensagem HTML com anexos

Introdução Depois do post "JavaMail: Enviando e-mail com Java" , que apresentava como enviar um e-mail com Java, resolvi complementar a assunto apresentando como enviar uma mensagem formatada, em HTML , e também como realizar o envio de anexos. Bibliotecas Além da biblioteca JavaMail, veja mais no post anterior , é necessário incluir o JavaBeans Activation Framework (JAF), apenas se a versão utilizada for anterior ao JSE 6.0 , que já tem o JAF incluso. O JAF está disponível em http://www.oracle.com/technetwork/java/javase/downloads/index-135046.html , e neste download encontramos, alguns exemplos na pasta demo , documentação, incluindo javadocs, na pasta docs e a biblioteca activation.jar , que deve ser acrescentada no classpath da aplicação para versões anteriores ao JSE 6.0. Exemplo Primeiramente devemos realizar a configuração da javax.mail.Session e da javax.mail.internet.MimeMessage , estes passos podem ser vistos no post anterior . Agora vamos montar um...

Sistema interativo de TV Digital com Ginga-J

No início de 2009, os estudantes de Sistema de Informação do Centro Universitário de Votuporanga ( UNIFEV ), Caio César Pereira de Souza e Rodrigo Gonçalves Constantino me apresentaram uma proposta para que eu fosse co-orientador junto ao professor orientador Djalma Domingos da Silva , em seu Trabalho de conclusão de curso (TCC) com tema TV Digital. A base que motivou o assunto, foi a palestra apresentada por Maurício Leal na I Conferência Java Noroeste sobre o tema TV Digital, realizada em 2006 em Votuporanga-SP. Ficamos muito entusiasmados com a possibilidade de interatividade na TV Digital, e a grande quantidade de possibilidades de desenvolvimento de aplicativos nesta área. Acompanhamos de perto as notícias na imprensa e todo o esforço e iniciativas realizadas pelo Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD) , que organizou e produziu especificações ABNT, normatizando o sistema de TV Digital Terrestre. O foco do TCC foi realizar o desenvolvimento de uma pequena ...