Pular para o conteúdo principal

JavaFx: Flexibilidade na manipulação de String

Quando começamos a estudar uma nova linguagem é comum brincarmos com a impressão de textos, o clássico Hello World. O objetivo desse post é explorar características do tipo String no JavaFx a partir da definição de literais, concatenação de strings, o uso de expressões para atribuição de valores até o mecanismo nativo de internacionalização. No fim do post o leitor pode ter uma ideia de como o JavaFx torna flexível o uso java.lang.String.

JavaFx a Linguagem
Linguagem que compõe a Plataforma JavaFx mantida pela Oracle para a construção de aplicativos RIA para Desktop, Mobile e TV. É uma linguagem de Script, compilada, que roda sob a JVM, mais nova e com uma cara bem diferente do Java com a proposta de tornar o desenvolvimento RIA mais interessante.


O conteúdo de uma string pode ser definido com aspas duplas - da mesma forma que o Java - ou usando aspas simples:
println('Aspas simples');
println("Aspas duplas");
Outra característica similar ao Java, é a possibilidade de utilizar caracteres de escape, a seguir um exemplo do \t fazendo a tabulação no conteúdo:
println("Usando caracteres de escape: \ttab");
Aspas simples podem ser usadas com aspas duplas ou vice-versa, sem a necessidade do \' veja:
println("Tudo 'junto' e misturado!");  //imprime: Tudo 'junto' e misturado!
Um exemplo de string definido a partir de caracteres unicode:
// imprime:  こんにちは、世界!
println("\u3053\u3093\u306b\u3061\u306f\u3001\u4e16\u754c\uff01");

Value Type
O tipo String é considerado Value Type, ou seja o conteúdo é imutável (qualquer manipulação gera um novo objeto) e o valor default de uma variável desse tipo é diferente de null.

No próximo trecho um exemplo de uma variável sem inicialização, com valor default:
var s: String;
println(s.equals(""));  // imprime: true

String-expression
Uma alternativa mais inteligente e leve para concatenar strings através de { }. Com essa funcionalidade o código p/ mapeamento de queries (JDBC/JPA) no Java seria bem mais elegante!

Veja exemplos:
def nome = "Claudia";
println('Bem-vindo(a) {nome}'); //imprime: Bem-vindo(a) Claudia 

// repare que na quebra de linha ñ foi necessario o uso de +
def sql = "select * from clientes c "
          "where c.nm like '{nome}'%";

A concatenação é definida em tempo de compilação. Outro detalhe sobre expression é a opção de vincular uma condição ao conteúdo da string, a semântica parecida com o operador ternário do Java.
println("Bem-vindo(a) { if (not nome.equals('')) nome else 'Desconhecido' }!");

Simplicidade em aplicar formatação é mais uma caracterísitica de string-expression, veja exemplo de com data e um número:
println("Hoje: {%tA java.util.Date{}}"); // tA formata o nome do dia

var valor = 285.3668;
println("Total a debitar: {%.2f valor}"); // imprime: Total a debitar: 285,37

i18n / String localization
O JavaFx adota um mecanismo nativo para interpretar strings através de chaves e valores mapeados em arquivo properties, de uma forma bem simples sempre que double hash ## for usado o fx processa o conteúdo como um chave.

A seguir um exemplo de como acessar a chave 'Mensagem Inicial' dentro de um script JavaFx, assumindo que o arquivo Teste.fx, essa chave deveria ser mapeada no arquivo Teste_pt_BR.fxproperties no mesmo diretório (pacote) do script fx. O sufixo pt_BR indica o locale da máquina, isso pode ser configurado via código, assumindo a escolha do usuário por exemplo.
//codigo JavaFx - Teste.fx
println(##"Mensagem Inicial");  // imprime: Bem-vindo(a)
A seguir o conteúdo no arquivo properties, repare que ambas chave e valor  são definidas entre "":
"Mensagem Inicial"="Bem-vindo(a)"
Caso o chave não exista, o JavaFx imprime o valor 'Mensagem Inicial'. Uma opção seria definir a chave c/ [] informando o valor default, usado caso a chave não seja encontrada.
Veja o exemplo:
println(##[Outra Mensagem]"Mensagem com valor default");


Acesse o site principal da platataforma e veja mais sobre o JavaFx: http://javafx.com

Na Globalcode temos um mini-curso e Hands-on de JavaFx.


[]s
Eder Magalhães
www.yaw.com.br
twitter.com/youandwe
twitter.com/edermag

Comentários

Marcelo Cuin disse…
Olá, gostaria de divulgar nosso blog sobre JavaFX. www.javafx.com.br
Abraços...

Postagens mais visitadas deste blog

10 reasons why we love JSF

1. One-slide technology: it's so simple that I can explain basic JSF with one slide. 2. Easy to extend: components, listeners, render kit, Events, Controller, etc. 3. Real-world adoption: JBoss, Exadel, Oracle, IBM, ... 4. Architecture model: you can choose between more than 100 different architecture. 5. Open-mind community: using JSF you are going to meet very interesting people. 6. We are using JSF the last 5 years and we found very good market for JSF in Brazil 7. Progress: look to JSf 1.1 to JSF 1.2, JSF 1.2 to JSF 2.0. People are working really hard! 8. Many professionals now available 9. It's a standard. It's JCP. Before complain, report and help! 10. Ed Burns, spec leader, is an old Globalcode community friend! EXTRA: My wife is specialist in JSF. She's my F1 for JSF :) Nice job JSF community! -Vinicius Senger

EJB 3: Uma evolução sob os conceitos do Hibernate e Spring

Definitivamente o modelo de componentização definido no Java EE 5 e 6 evoluiu e melhorou muito. Mas, sem dúvida muita dessa evolução se deve às pressões do Hibernate e Spring Framework. Estes dois últimos frameworks nasceram baseados no conceito de POJO, que nada mais é do que a concepção de um modelo de componentização baseado em classes Java sem as regras impostas pelo EJB (curioso, sem o EJB não existiria o Hibernate ou o Spring). A morte dos Entity Beans O Hibernate nasceu da idéia de promover um modelo de persistência mais simples que o proposto pelos EJBs do tipo Entity Beans definido na especificação EJB 2.x. Este foi o primeiro tipo de EJB a sofrer com a evasão de desenvolvedores com o surgimento deste framework e a conscientização sobre os problemas nos Entity Beans. A partir de um modelo baseado em JavaBeans e o uso do JDBC, o Hibernate usa a Reflection API para gerar os SQLs necessários para persistir o estado de beans em diversos banco de dados relacionais, além de defini...

O que é Lógica de programação?

Este é o segundo de uma série de posts voltados aos leitores do blog que estão dando início à carreira de desenvolvimento de software. O assunto de hoje é a lógica de programação. Para ler antes: Entendendo como funciona a programação de computadores: linguagens de programação, lógica, banco de dados A lógica de programação é um pré-requisito para quem quer se tornar um desenvolvedor de software, independente da linguagem de programação que se pretende utilizar. Mas o que é de fato a Lógica de Programação e como saber se eu tenho esse pré-requisito? A lógica de programação nada mais é do que a organização coerente das instruções do programa para que seu objetivo seja alcançado. Para criar essa organização, instruções simples do programa, como mudar o valor de uma variável ou desenhar uma imagem na tela do computador, são interconectadas a estruturas lógicas que guiam o fluxo da execução do programa. Isso é muito próximo ao que usamos em nosso cotidiano para realizar atividad...

JavaOne Brasil, dicas para submissão de palestras

Não quero parecer pretensiosa dando dicas para submissão de palestras para o JavaOne Brasil, mas sim repassar os tantos conselhos e sugestões recebidas pelos vetaranos do JavaOne: Bruno Souza e Leonardo Galvão que revisaram dezenas de submissões para o JavaOne e ajudaram a aprovar tantas palestras, e também misturar um pouco da minha experiência na seleção de palestras nos eventos realizados pela Globalcode e SouJava . 10 anos de JavaOne: http://www.globalcode.com.br/noticias/Globalcode10AnosNoJavaOne Os palestrantes ganham a entrada! A submissão pode ser feita em português! O passo mais importante para ser aprovado como palestrante no JavaOne é sem dúvida nenhuma submeter pelo menos uma palestra. Então, independente de qualquer coisa, participe, arrisque, divulgue.  Mas, se quiser aumentar as suas chances...   1) Leve a sério: peça para amigos fazerem uma leitura crítica do texto, e claro uma boa revisão ortográfica. 2) Submissão de várias palestras ou variações do ...

Parceria Globalcode no projeto Samsung Ocean

Já faz algum tempo que a Globalcode e a Samsung tem uma parceria no projeto "Samsung Ocean". Esse é um projeto muito interessante com o objetivo de divulgar e difundir o uso de tecnologia, principalmente associado a dispositivos móveis como celulares e relógios inteligentes (smart watches). No projeto são oferecidos diversos treinamentos e workshops gratuitos . Alguns dos treinamentos oferecidos são: Desenvolvimento de aplicações Android Desenvolvimento de aplicações para wearable Tópicos em desenvolvimento ágil Introdução aos jogos digitais Para a maioria dos cursos, o material e instrutores são fornecidos pela Globalcode. Atualmente nosso grupo de instrutores do projeto conta com excelentes profissionais como: Thiago Moreira Heider Lopes Luis Palma Taynã Bonaldo Thais Andrade O centro de treinamentos está localizado na Escola Politécnica da USP e atualmente estão abertas as inscrições para um dos programas mais bacanas do projeto. É o programa de pré-a...

NIO.2 do Java 7: uma nova API do Java para file system

Uma das novidades mais importantes e aguardadas do Java 7 foi a NIO.2, a nova API para a manipulação I/O com Java. A NIO.2, também conhecida como JSR 203 , disponibiliza um conjunto de novos componentes, projetados para melhorar caracterísiticas de I/O com Java como por exemplo: uma nova API para o acesso e manipulação de conteúdo do file system (sistema de arquivos); outra API para operações assíncronas com I/O; e a atualização da API para comunicação via sockets ( channel sockets ).   O Java, antes da versão 7, tratava a manipulação do sistema de arquivos de forma primitiva. O programador tinha de trabalhar com a classe File para representar arquivos e/ou diretórios, com um número escasso de funcionalidades. Uma operação simples como copiar um arquivo demandava um código relativamente grande. Outras funcionalidades triviais, como por exemplo o uso de links simbólicos, não eram suportadas. Esses são alguns dos motivos para justificar o uso de bibliotecas terceiras...